quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fumantes são ridículos

Fumantes, em geral, são ridículos. São raros os que fumam por serem viciados. Esses raros, são os velhos. Eles têm todos os motivos para acabarem caindo na idiotice de fumar, pois cresceram em um ambiente onde não se tinha conhecimento dos malefícios que isso poderia trazer. Tubo bem. Esses eu deixo passar. Mas não deixo os jovens universitários. Sempre que estou tranquilamente sentado em algum lugar do saguão da faculdade onde estudo, seja lendo algum texto, ouvindo música ou simplesmente esperando o próximo período, sou interrompido por algum jovem que acende um cigarro e assopra aquela fumaça fedorenta. Por algum motivo, sou obrigado a aturar tal situação e, se eu reclamar, sou “grosso” e “estúpido”. Sou chato, dizem eles. Chatos e estúpidos são todos vocês que acendem essa imundice e me obrigam a respirar isso.
Além do mais, me impressiona a direção da faculdade - ou quem quer que seja o responsável por isso - não ter proibido o fumo no saguão. O lugar tem teto e, caso vocês sejam burros o suficiente pra não saber disso, a fumaça sobe. Ou seja, ela não vai embora com facilidade. Ela permanece ali por horas e todos nós que não fumamos temos de aturar o fedor inacreditável dos cigarros desses imbecis. No intervalo, a situação é ainda pior. O fedor é multiplicado. É um festival de fumaça. É visível como todos que fumam ali não apenas fumam; eles desfilam. Exibem o cigarro. Alguns nem tragam. É ridículo. Fico observando os que não tragam: as bochechas incham e eles assopram a fumaça o mais rápido possível. Os que tragam, escolhem o ponto mais visível da faculdade para que todos os vejam. Alguns até fazem pose quando largam a fumaça da boca. Pensam que estão sendo fotografados, que são personagens de algum seriado ou estão em um filme. E é justamente por isso que a cena se torna ridícula e não admirável como eles acham que é. Os homens pensam que são os cafajestes galanteadores com o charme do cigarro. As mulheres pensam que passam a impressão de fêmeas fatais. Pensam que assim estão sendo mulheres seguras e independentes. Não são.
O que acontece, então, comigo e com o restante dos não fumantes? Temos que sair do lugar onde estávamos. Como a fumaça contamina todo o saguão, apenas mudar de lugar não adianta. Tenho que sair do prédio. E se estiver frio? Ou chuvendo? Ou se eu quiser apenas sentar num banco? Não posso. Seja qual for a minha decisão, ficarei desconfortável para que o ridículo do fumante tenha todas as regalias e possa aproveitar o cheiro inaproveitável do cigarro. Percebendo essa situação de histeria, pergunto: que lógica é essa? Não teria que ser o contrário? Aquele que quer fumar é quem deveria sair do prédio, ou seja, ir para o desconforto, pois é ele quem atrapalha o estado natural a sua volta. É como eu acender cordões de fedor no meio de todo mundo e, caso alguém venha reclamar - o que é muito provável -, eu argumente que gosto daquele cheiro e alegue que é um “direito meu”, como alguns desrespeitosos dizem. Que direito é esse? Fumar? Quer fumar? Lá na rua. “Ah, mas tá frio”. Que frio, safado? Tu não é o fodão viciado em cigarro? Que vício é esse que desaparece por causa do frio? Por qual motivo os meus cordões de fedor seriam reprimidos, mas não o cigarro de vocês?
Não me importo se o cigarro faz mal a saúde de vocês. Para mim, isso é algo positivo. Essa não é a minha briga. A minha briga é pelo meu sossego. É obrigação da universidade proibir cigarros dentro dela. E não importa se o saguão em questão - o da faculdade onde estudo,- é aberto. Ainda assim, esse local é configurado como parte integrante do prédio, portanto, como em todos os prédios, qualquer atividade voluntária que gere desconforto ou, como no caso, danos a saúde de quem quer que seja que ali estiver, deve ser proibida. Alguém deve tomar providências para que se instale o “proibido fumar” e faça com que os fumantes fumem apenas na parte de fora de qualquer dependência da universidade. Na verdade, o ideal seria a construção de uma caixa onde apenas lá seria permitido fumar. Isso mesmo. Trancafiados, tendo toda a sua adorável fumaça apenas para si. Será que os fodões dependentes de nicotina aceitariam? Duvido. Não teríam como se exibir para os outros. Mas, se isso fosse feito, enfim, eu teria paz. Porém sei que é um tanto quanto radical. Sou compreensívo. Podem fumar. Mas lá fora. Longe de mim.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Reclamar

Eu sou um reclamão.
Adoro reclamar.
É fácil
Me enchem o saco porque eu reclamo demais.
Dizem que de nada adianta reclamar se eu não faço nada para mudar.
Outros dizem que eu quero aparecer, ser diferente dos outros.
Uau! Me descobriram.
Mas, não sabem, o fim da reclamação não existe.
Reclamar nunca adiantou nada.
Se adiantasse, a vida de todos seria mil maravilhas.
A minha, então, seria a melhor de todas.
Mas não é assim.
E ainda continuam reclamando.
Reclamar é lindo, é puro e sincero: não há segundas intenções.
Ninguém reclama com o objetivo de mudar alguma coisa.
Para isso, existem as ações.
Todos reclamam de coisas impossíveis de serem mudadas.
Alguns do mindinho que dói após bater no móvel do banheiro.
Eu, da vida.
Apenas reclamo.
E o mindinho continua doendo.
Se formos seguir a lógica dos estúpidos,
Parem de reclamar da minha reclamação.
Afinal, do que adianta reclamar da minha reclamação se tu não faz nada para mudar?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eu não pedi para vir pra cá


- Vive aí, otário.
- Mas... mas o que é isso?
- Nada.
- Que lugar é esse? Como eu vim parar aqui?
- Aceita.
- Mas eu não pedi para vir pra cá.
- Sinto muito, não há o que fazer.
- Tá bom...
- Não fique aí parado. Em breve você vai sentir fome e sono. Vai precisar de um lugar pra descansar e de alimentos.
- Se não...?
- Você vai sentir dores. Vai se sentir péssimo. É uma merda. Acredita em mim.
- Mas eu não pedi para vir pra cá.
- Eu sei.
- Quem me trouxe pra cá?
- Eles.
- Eles? Só vejo uma ali.
- O outro sumiu. Foi embora.
- Mas não é ele o responsável por eu estar aqui?
- Também.
- Então?
- Ele foi embora. Aceita.
- E aquela ali? Ela também é responsável pelo fato de eu ter vindo pra cá, certo?
- Certo.
- Ela não pode me dar esse tal de alimento e esse tal de descanso?
- Pode, mas por algum tempo.
- Ok. E quando esse tempo terminar, o que eu faço?
- Você vai sair, vai ler, vai estudar, vai pegar chuva, vai sentir frio, fome, sede, calor, vai ser rejeitado por todo mundo, vai ser odiado, vai sentir todo o tipo de dores, vai se sentir cansado, vai tomar remédios, vai sentir sono, vai ter problemas, vai apanhar na rua, vai ficar doente, vai pro colégio, faculdade, vai ser alguém, vai trabalhar, vai ganhar dinheiro, vai ser bem sucedido.
- Pra quê?
- Pra poder ter alimento e um lugar pra descansar.
- Mas eu não pedi por isso.
- Aceita.
- Mas eu não quero. Não posso ficar aqui, quieto e sozinho?
- Pode. Mas, como te disse, em breve vai sentir dores.
- Tudo isso se resume em dores e sofrimento?
- É.
- Não posso ficar em silêncio? Eu posso fingir que não estou aqui?
- Não.
- Por quê?
- Já disse. Vai começar a sentir dores. Vai ter que comer.
- Hum... Quem fez isso?
- Ninguém.
- …
- Ah, e não esquece de continuar respirando.
- O que é isso? Como eu faço?
- Não se preocupa. É automático.
- Tem como eu parar?
- Tem.
- E o que acontece?
- Vai morrer.
- O que é isso?
- É sair daqui.
- Então me ensina a parar de respirar!
- Não tenho como. Você tem que tentar.
- Vou tentar.
- Ok.
- Por que o meu corpo não deixa eu ir até o final?
- Porque você é obrigado a viver.
- E se eu forçar?
- Vai sentir dores horríveis mais intensas do que o normal.
- Mas não vale a pena se no final eu sair daqui?
- Talvez. Não sei dizer.
- Não dá. Dói muito. Por que é tão difícil?
- Porque você é obrigado a viver.
- Não tem outra forma de fazer essa coisa? “Morrer”?
- Tem, mas é difícil. Seu corpo vai fazer de tudo para que isso não aconteça.
- Por quê?
- Porque você é obrigado a viver.
- Quer dizer que eu não tenho escolha?
- Exato.
- Mas algum dia eu vou sair daqui? Isso não é eterno, né?
- Não é. Um dia vai acabar.
- Ainda bem. Demora muito?
- Muito. O suficiente pra sentir todo o tipo de dores possíveis.
- E o que eu faço durante esse tempo?
- Vai ficar aí sofrendo. Vai fracassar bastante. Pra poder comer e descansar.
- Nossa. O que é aquilo ali?
- Pessoas.
- Pessoas?
- É. Você também é uma pessoa.
- Tá bom. Mas eu não preciso ficar perto delas, né?
- Vai precisar.
- Algo me diz pra ficar longe delas.
- Sinto muito.
- Por que elas estão aqui?
- Pelo mesmo motivo que você: nenhum.
- E elas não sentem vontade de sair daqui?
- Poucas. Apenas os lúcidos. A maioria gosta.
- Não posso acreditar que gostem disso aqui.
- Nem eu.
- Como assim?
- Também já estive aí.
- E como foi?
- De repente ouvi uma voz dizer “vive aí, otário”.
- Putz. E aguentou até o final?
- Não.
- Então?
- Consegui parar de respirar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Parabéns sem sentido

Hoje é o meu aniversário. Por algum motivo, isso parece ser especial e importante para as pessoas. Não que o MEU aniversário seja importante para as pessoas (ainda bem que não é), mas os aniversários em geral são tratados como algo importante, bom, especial e - pasmem - dignos de “parabéns”. E é isso mesmo: nesse texto eu vou RECLAMAR dessa mania ESTÚPIDA da sociedade de PARABENIZAR alguém pelo simples fato de ela ter completado 365 dias de respirações contínuas. Então, se tu é um daqueles XAROPES que RECLAMAM da minha reclamação, que escrevem indiretinha no twitter “gente que acha legal reclamar de tudo e de todos” eu te aviso: PARE de ler esse texto IMEDIATAMENTE porque ninguém é obrigado a ler e ninguém é obrigado a gostar de mim e do que eu escrevo. Se tu não gosta, fecha. Poupe-se. Eu nunca assinei um contrato me comprometendo a TE agradar, portanto não pense que eu vou tremer minhas pernas só porque tu não gosta de mim.

Pois bem. O princípio em dar “parabéns” a alguém que está de aniversário é mostrar para essa pessoa o quanto tu gosta dela. “Oh que legal, o Alfredo completou mais 365 dias respirando, vamos dar um PRESENTE pra ele e vamos demonstrar afeto a ele”. Qual é a LÓGICA nessa atitude IMBECIL? Primeiro que ninguém merece PARABÉNS por ter completado um ano RESPIRANDO E COMENDO. Qual o mérito nisso? Pra que parabéns? “Parabéns, tu ficou vivo durante um ano inteiro!” PORRA. Parabéns se dá alguém que faça algo IMPORTANTE, DIFÍCIL, que exija ESFORÇO, TALENTO, etc. Parabéns se da a alguém que crie uma música de qualidade, alguém que consiga um emprego, realize um trabalho, descubra a CURA DA AIDS. Segundo que, ao contrário do que vocês acreditam, não é “mais um ano de vida” e, sim, UM ANO A MENOS DE VIDA. Então, BURRO QUE NUNCA PENSOU NISSO, tu basicamente comemora a aproximação da MORTE do teu “amigo”, ente querido ou seja lá quem for essa pessoa. É assim que vocês demonstram gostar de alguém? Não me impressiona.

O ano passou, os dias desse ano se foram, não há como recuperá-los, as horas não voltam. A cada dia que passa, a morte está um dia mais PRÓXIMA e a cada aniversário a morte dessa pessoa está UM ANO mais próxima. É simples: X - Y. X é a idade da morte (que será definida quando a pessoa morrer, burro) e Y é o número do aniversário. Alguém que esteja “fazendo” 20 anos, tem X - 20. Supondo que ela morrerá com 70 anos, hoje ela tem mais 50 anos de vida e esse número JAMAIS aumentará. A cada minuto que passa esse número DIMINUI. Quando ela fizer 21, o resultado da equação será 49 e assim por diante. É assim que as coisas são. Não me interessa se tu fica chocadinho com o peso da realidade cruel da vida. A vida é uma contagem regressiva. Pare de parabenizar alguém por ela estar morrendo.

A cada aniversário de alguém, lá vai a manada de cabeças lavadas “comemorar” aquele ano PERDIDO da tal pessoa. Textos e mais textos afirmando amizade eterna, companheirismo, esforços e mais esforços com frases enroladas e bonitas para CONVENCER a pessoa de que gostam dela. Só que eu tenho uma novidade: se tu precisa de cartas, presentes, declarações, frases complexas, depoimentos, surpresas e todos esses costumes idiotas que envolvem o ritual do aniversário para demonstrar ou afirmar a tua amizade com alguém, essa amizade é FALSA. O companheirismo, amizade e fidelidade se percebem durante a vida, com ATITUDES perante as situações que ela oferece. Ou simplesmente existir uma segurança mútua em relação ao sentimento dessa amizade. O exagero em demonstrar afeto, que é percebido muito mais claramente nessas datas, nada mais é do que a insegurança da pessoa em relação ao sentimento daquela suposta “amizade”.

A insegurança do aniversariante se deve ao mesmo fato. Quem se importa muito em ser notado (parabenizado) no dia do seu aniversário, geralmente é rodeado de “amigos”. E por ter muitos “amigos”, essas “amizades” são muito fracas, falsas e forçadas (são sim, não adianta reclamar). O que acontece é que esse tipo de pessoa não quer enxergar a verdade da frase anterior, mas elas tem, no seu subconsciente, a noção de que no fundo não possuem amigos de verdade. Prova disso é a expectativa sobre o dia do seu aniversário. Então, se tu é um daqueles que ficam nervosinhos na véspera do aniversário, esperando cartas, abraços, depoimentos, surpresas e quando isso acontece fica completamente alegre e deixa toda tua insegurança refletir na tua expressão, eu abro os teus olhos e esclareço: tu não tem amigo algum. Tem, apenas, conhecidos. Quanto mais idiotices de aniversário tu receber, menos amigos tu tem.

O dia do meu aniversário é, sempre, o pior dia da minha vida. Tudo porque já não basta eu não suportar as pessoas e suas CHATICES DIÁRIAS, nesse dia elas resolvem FALAR COMIGO pra dizer “feliz aniversário”. “Feliz aniversário”, PORRA? Tuas palavras não vão mudar em NADA o meu dia e ele vai continuar sendo A MESMA MERDA de sempre. Na verdade, ele só vai ficar pior e mais chato. Então, se tu sinceramente quer que eu tenha um “feliz aniversário”, comece não falando comigo e não me desejando “feliz aniversário”. Assim o meu dia vai continuar no mesmo padrão merda de sempre. Parece que de uma hora pra outra todos que pareciam não dar a mínima pra mim (ou pra pessoa que ta aniversariando) resolvem se importar em desejar que aquele dia seja feliz. Uma vez uma pessoa que eu mal conheço disse “hoje é teu aniversário né? Parabéns!!”. Eu respondi: “parabéns porque?”. PARABENS PORQUE? Que que eu fiz pra merecer parabéns, caralho? Depois me chamam de grosso e estúpido simplesmente porque as pessoas me chateiam com merdas desnecessárias que ELAS inventaram que é legal.

Puta que pariu, essa teoria de que o aniversário é a comemoração da aproximação da morte não sai da minha cabeça. Ela é a mais pura realidade. Como nunca pensaram nisso antes? Como não pensam nisso HOJE? Ninguém se pergunta que merda estão fazendo numa “festa de aniversário”? Como que esse costume surgiu? Porque UM ANO? Porque não a cada mês? Ou a cada dia? Ou a cada 5 anos? Ou a cada hora? PORQUE, MEU DEUS DO CÉU? Aniversário é uma das merdas mais SEM SENTIDO e INÚTEIS presentes nessa sociedade doente.

Quanto a mim, sei que os meus amigos de verdade são aqueles que não vão produzir frases falsas no dia do meu aniversário. São aqueles que vão agir normalmente, como se fosse um dia qualquer (e é), silenciosamente compartilhando comigo a dor eterna de estar vivo. A não ser que tu queira me chatear ou fique extremamente feliz com a aproximação da minha morte, não me de parabéns nesse dia sacal.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Marcha das Vagabundas

Estamos vivendo sob o império surrealista. É um festival de surrealidade. É um mar de insanidades. É uma atrás da outra. Não temos um minuto de sossego. Quando eu penso que não pode acontecer nada mais estúpido, eis que me aparece. Dessa vez é a “marcha das vagabundas”. Fizeram no Canadá, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Holanda, Suécia e na Argentina. Fiquei louco. Enfurecido. Não existe coisa mais patética no mundo do que movimentos feministas. Chegou na minha cidade e foi aí que eu enlouqueci. Toda essa “revolta” de patricinhas mimadas que gastam 50 reais por fim de semana em baladas estúpidas, universitarias imbecis que se esbaldam em roupas, acessórios e “looks” inúteis, apenas porque um policial quis alertar e ajudar as vadias mimadas canadenses (não se irrite com o termo “vadia” já que tu considera isso algo positivo) a não se vestirem de forma provocante.

Ficaram furiosas. Querem ter o direito de mostrar o CU na rua sem atrair os mal intencionados. É impressionante o grau de estupidez e de ingenuidade das feministas. Querem se vestir de forma altamente provocante pelas ruas sem chamar atenção de pessoas mal intencionadas. Só querem chamar atenção do bonitinho que se parece com o galã do seriadinho que tu adora, né? Só quer que o lindinho da turma olhe para o teu CU com vontade de comê-lo, mas não o tarado peludo que faz xis na esquina. Então, sua MULA IRRACIONAL, se te faltou UM PAI CULHUDO pra te dizer, EU te digo: o mundo não é um paraíso onde tu vai poder fazer o que quiser sem correr riscos. Sinto muito. O estuprador é um sujeito doente, que não sente remorso, tem a cabeça fraca e não mede consequencias. São psicopatas e sociopatas. SINTO MUITO, se essas pessoas existem. A culpa não é minha nem dos homens. Custa muito se prevenir? Custa muito usar roupas que não mostre o LIXO do teu peito e das tuas coxas por aí? Não da pra usar esse tipo de roupa quando tu estiver com o teu namorado ou parceiro? Não né? Tem que usar no ônibus. Tem que aparecer, tem que inflar o ego, tem que sentir que todos os homens da cidade desejam enfiar o CARALHO em ti. Tem né?

Pois bem, sua MIMADINHA DE MERDA, TUDO na vida tem dois lados e o lado RUIM de se mostrar na rua é que tu não vai atrair apenas a atenção dos bonitões, dos normais, dos equilibrados, dos que tu deseja. Tu vai atrair a atenção de TODOS e nesse pacote estão inclusos os estupradores, criminosos e doentes. Puta que pariu. Isso me deixa LOUCO. É como eu querer andar na rua exibindo notas de 100 reais e desejar que apenas os bonzinhos e honestos passem pelo meu caminho. Antes que tu PENSE em usar o argumento da segurança pública, é ÓBVIO que o Estado falha nessa questão (mais um motivo para não chamar atenção na rua), mas também somos responsáveis em assumir os riscos do que fazemos. E é justamente aí que as feministas se quebram. Na palavra “responsabilidade”. Com tudo isso, fica claro que essa marcha é completamente inútil. Nada disso faria com que os milhares de maníacos sexuais que existiram no mundo recuassem e não cometessem os estupros. O maníaco do parque não deixaria de ter a mente perturbada se ele assistisse algumas palestras sobre estupro e lesse a cartilha dessas imbecis da “marcha das vadias”. “Considerar todo o homem como um estuprador em potencial é o mesmo que considerar toda mulher como uma prostituta em potencial.”

Vejam só, no fundo, o motivo todo (além da questão do estupro) da marcha gira em torno do que os homens vão pensar sobre uma mulher que se veste como uma vagabunda. Ué, pensei que vocês eram seguras, independentes, que não precisam dos homens para nada e, logo, não se importam com a opinião dos outros. Com esse ato ridículo, mostram o contrário. Mostram que são totalmente dependentes da opinião e do julgamento do homem. Mostram que se importam com o que o homem vai pensar sobre elas. Isso não me parece atitude de alguém que se diz “segura de sí”. Essa marcha é nada mais do que o puro desespero da mulher pela atenção do homem.

O que que é hein? Vocês querem liberar geral e mesmo assim ser valorizada pelo homem? Querem chupar 30 piças por noite e depois querem um homem para um relacionamento sério? Sinto muito, mas os homens não valorizam uma mulher assim. Os homens as usam exatamente do modo como elas se comportam: como objetos. Uma mulher que age como objeto, vai ser tratada como depósito de esperma. Se tu não quer ser conhecida como a vagabunda do grupinho, pare de dar para todos os teus amigos. Agora as feministas hipócritas devem estar gritando “MAS SEU MERDA, PQ O HOMEM QUE PEGA TODAS AS MULHERES É CONSIDERADO FODÃO E A MULHER QUE PEGA TODOS É VADIA?”. Pois bem, SUA FILHA DA PUTA IRRACIONAL. Essa pergunta é muito simples de responder. EU te pergunto: tu considera o homem pegador como superior ou inferior? Como um exemplo a ser seguido ou um exemplo a não ser seguido? Como um homem interessante ou desinteressante? Nojento ou atraente? Poderoso ou fraco?

- Se a tua resposta for “é um exemplo a ser seguido”, é TU que considera o "homem pegador" como superior (e isso não significa que tu tá certa), é TU que valoriza gente assim, então PARE de reclamar da opinião dos outros, pois os TEUS valores estão invertidos.

- Se a tua reposta for “é um exemplo a NÃO ser seguido”, então porque diabos tu protesta para agir como alguém que tu considera agir de forma errada?

É, feministas. Se tem alguém nesse mundo que considera o homem pegador como “melhor”, esse alguém são vocês. A sociedade é composta por homens e mulheres. Se os homens pegadores são considerados “GALOS”, como está escrito no evento da marcha no Facebook, vocês tem a maior parcela de culpa nisso. Vejam bem, o homem não tem pq valorizar e se sentir atraído pelo homem que pega geral, a não ser que ele seja homossexual. Portanto, vamos unir "mulheres heterossexuais" e "homens homossexuais" no mesmo lado e vamos considerar esse grupo como "pessoas que sentem atração pelo sexo masculino". Agora me responde: quem são as pessoas que se sentem atraídas, premiam e valorizam o homem pegador? Os homens heterossexuais? Não. E, só para acabar com esse argumento imbecil que deve tá passando AGORA pela tua cabeça, vamos supor que os homens heterossexuais levem os “pegadores” como exemplos a serem seguidos. Isso também é culpa de vocês. Se vocês passassem a valorizar o tímido, o virgem, o inseguro, o sem pegada, o cegamente apaixonado e "pegajoso", os homens passariam a agir dessa forma. Sim, estou dizendo que as mulheres tem o total controle sobre o comportamento masculino. Os homens, em sua maioria, são dependentes da mulher e os rumos de suas vidas são todos traçados em função delas. 90% dos homens vai agir (ou tentar ou querer agir) da forma que agrade as mulheres.

Vou desmembrar essa ideia sobre o homem pegador e a mulher vagabunda. Acompanha o raciocínio SEM FICAR BRABA POR ESTAR LENDO A REAL. O homem que consegue levar mais mulheres para a cama necessita de um grande talento psicológico e uma grande personalidade. Ele tem de saber fazer as coisas certas. Ele precisa se esforçar. Ele precisa estar de acordo com o que a mulher deseja. Ele tem que saber fazer com que a mulher se interesse por ele portanto, é um mérito conseguir transar com uma mulher. Já a mulher para transar com vários caras, precisa fazer o que? Nada. Apenas existir e aceitar investidas. Ela não precisa ter habilidade alguma, não precisa se esforçar. Basta ter buceta. Tá explicado? E não adianta espernear. Leia mais AQUI sobre isso e sinta o poder da real DESTRUINDO essa tua cara de nojo com o meu texto.

Vejam só essa frase retirada da página do evento no Facebook: “O CORPO É NOSSO, VESTIMOS A ROUPA QUE QUEREMOS E SOMOS O QUE QUISERMOS SER. O que vocês chamam de "vagabunda" é um jeito de continuar julgando e controlando o corpo das mulheres.”. Fica claro que, além de tudo que eu já escrevi nesse texto, elas querem privar as pessoas de terem opiniões e poder de julgamento. Querem fazer o que bem entendem e não querem que eu a ache vagabunda. Como eu disse antes, é o claro desespero pelo o que o homem vai pensar sobre elas. Queridas, é claro que o corpo é de vocês e vocês vestem a roupa que quiserem e são o que quiserem ser. Assim como a cabeça é minha, a opinião é minha, o pensamento é meu e eu escolho quem eu vou valorizar e quem eu não vou valorizar. Eu escolho quem eu considero vagabunda e quem eu não considero vagabunda. E eu escolho se eu acho o fato de “ser vagabunda” como algo positivo ou negativo. Sinto muito, mas eu não vou te valorizar. Pra mim e para a maioria dos homens tu é um objeto. Não adianta levar cartaz escrito “não sou um sex toy” se tu tá tratando o teu corpo como um sex toy. E também, se os homens te acham “sex toy”, qual o problema nisso? Tu não é a mulher fodona e independente? Depois não fica chorando sábado de manhã com o CU doendo na espera da ligação do cafajeste que te arrombou na balada de sexta. Mais uma frase retirada do Facebook: “Qual o problema em ser puta, como diria nossa querida Gabriella Leite, da Daspu?” Pois é. Qual o problema em ser puta? Então pra que passeata? Pra que a revolta quando te chamam de puta?

Quer ser puta? Quer ser vagabunda? Quer ser liberal e dar pra quem quiser? Tudo bem. Ninguém nunca impediu uma mulher de fazer isso. Vocês são totalmente livres para chupar quantas piças quiserem. E eu sou totalmente livre pra não desejar alguém assim por perto. Sou livre para não escolher esse tipo como minha mulher. Sou livre pra te comer sem estar te namorando e depois falar pros meus amigos que tu é uma vagabunda. Pois tu É.

Enfim, essa marcha reúne um bando de patricinhas imbecis que querem chamar atenção. Acham que a sociedade é machista graças a mitos criados e disseminados pela mídia. (Se tu não leu, leia AQUI e AQUI e entenda de uma vez por todas que a sociedade nunca foi machista.) Logo elas, que se julgam tão espertas e são “contra a mídia”, não percebem que caíram num das maiores mentiras já inventadas para vender idéias e produtos. Burras. São as primeiras a reclamarem que no BBB “só mostram bundas”. Pensei que isso não era problema, já que vocês querem o direito de mostrar a bunda na rua.

Não precisa de marcha. Só seja. Só vive. Sejam seguras das suas atitudes. Não há motivo para “marcha das vagabundas”. Seja vagabunda. Faça o que quiser e arque com as consequencias das tuas escolhas. Ninguém é obrigado a te valorizar. E deixem os homens acharem o que quiserem. E não adianta pensar no estuprador, pois isso eu já destruí no inicio do texto.